Cousas como esta som as que recorda a Iniciativa Galega pola Memória na denúncia que realiza, e nas que pede o despedimento de Manuel J. González Capón (alcalde de Baralha-P.P). Através da Comissom pola Recuperaçom da Memória Histórica da Corunha:
Seis mil pessoas assassinadas pela repressom franquista em Galiza, "as mulheres violadas, as que foram torturadas, as pessoas que tiveram que engolir azeite de ricino..." e as "mais de 115.000 pessoas que ainda constam como desaparecidas -provavelmente enterradas nas gávias- em todo o reino de España".
Muitas das que passamos dos 50 também recordamos cousas como estas:
"Seis mil pessoas assassinadas pela repressom franquista em Galiza, "as mulheres violadas, as que foram torturadas, as pessoas que tiveram que engolir azeite de ricino..." e as "mais de 115.000 pessoas que ainda constam como desaparecidas"
As noites sonámbulas de meu pai nas que, apanhando uma escopeta situada em cima do armário do seu quarto, abria a janela e gritava “aí venhem, aí venhem” lembrando aquelas noites nas que as orelhas das casas se escondiam detras das portas a escuitar os passos dos temidos falangistas subindo o bairro da Trabanca em Padrón- —.bairro de póbres de solenidade e de operárias- para procurar a alguem..- Daquela nom tinha escopeta, quiçá se a tivesse, nom estaria eu a conta-lo agora. Quanta impotência, eramos pequenas e nom tinhamos força suficiente para agarrá-lo. Esta enorme façanha levavam-na a cabo minha nai e meu irmao. Contava-nos como a um dos seus 11 irmaos, Atilano, lhe fizeram beber uma garrafa de azeite de ricino, diante daquel fabricante de ilusións, o cinema “La Torre”, por nom ir um dia à sede da falange no povo. Relatava, às vezes como seu pai andou fugido em camións por Galiza, aguardando sempre a intermediaçom de alguém para poder voltar, o seu grande delito era trabalhar para a gente de posiçom acomodada e republicana do povo, era mestre de obras e dizem que dos bons. Lembro ao avó José “comunista até sua morte” íntegro e orgulhoso, tam pobre como respeitado por todos em Talhós (Dodro). Tivem o privilégio de tratar co Sr Prado naquela altura, anos setenta e muitos, desculpem o esquecimento. Emigrante retornado, militante do B.N.P.G; ele foi quem me explicou quem fôra o Avó José.
Terríveis o resto dos acontecimentos que passarom na minha vila. Infame o que passou em todo o Pais.
Levam caminho. Poco a pouco medidas protofascistas invadem o conteúdo de Leis e Reais Decretos. Mocidade expulsa e inocentes encadeados. Pouco a pouco, mês a mês, ano a ano. Caminham os fascistas, mas desta, o passo ligeiro levamo-lo nós arrebanhando a pé de rua, de obra e de universidade, de taberna e de fábrica, ao lado das excluídas e das expoliadas. Nós vamo-los parar