Condenan os activistas angolanos a penas de dois a oito anos de prisão

Os ativistas foram prendidos em Julho de 2015 sob a acusação de estarem a preparar uma rebelião para depor o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, do governante MPLA.

No momento em que se produziu a detenção, eles estavam alegadamente a realizar uma ação de formação, a leitura dum livro intitulado Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura Filosofia Política da Libertação para Angola. O volume é da autoria dum dos prendidos, Domingos da Cruz, tido por um dos líderes do grupo, conjuntamente com o músico Luaty Beirão.

Segundo informa RedeAngola.Info -meio com o qual o Sermos Galiza tem estabelecido um acordo de colaboração-, Domingos da Cruz cumprirá 8 anos e seis meses de pena e foi condenado também enquanto líder de associação criminosa (sic). Luaty Beirão cumprirá cinco anos e seis meses, sendo que também responde à acusação de falsificação de documentos.

A defesa das pessoas arguidas consideram que o julgamento é puramente político e que não há nenhuma razão que atinja á segurança do Estado que possa justificar a condenação

Por sua parte, Nuno Dala, Sedrick de Carvalho, Nito Alves, Inocêncio de Brito, Laurinda Gouveia, Fernando António Tomás “Nicola”, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, Osvaldo Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo -Bingo, Nelson Dibango, Hitler Jessy Chivonde e José Gomes Hata foram condenados 4 anos e seis meses de prisão.

A defesa das pessoas arguidas consideram que o julgamento é puramente político e que não há nenhuma razão que atinja à segurança do Estado que possa justificar a condenação. Acrescentam ainda que os activistas foram também condenados por um crime do que ao começo do processo não foram acusados -e, portanto, do que mal se podiam defender-, o da associação de malfeitores, algo que amostraria a falta de rigor e de garantias do julgamento.

Em troca, a representante do MInistério Público, Isabel Fançony Nicolau, considerou que os jovens estavam a organizar uma sedição. O objetivo da atividade formativa de Julho de 2015 não era mais que o de “aprender a destituir o poder”, alegam.