Intelectuais portugueses criticam a “repressão” espanhola na Catalunha

[Imaxe: Naciodigital]

Intelectuais e ativistas portugueses assinam um manifesto em que denunciam a “repressão policial” da policia espanhola em Catalunha. Iniciativa dos historiadores Manuel Loff, da Universidade do Porto, e Fernando Rosas, catedrático da Universidade Nova de Lisboa.

Entre os subscritores do documento, do que informa Expresso, que tem por título “Catalunha: pela democracia, contra a repressão”, estão pessoas de vários ámbitos, incluindo deputados do Partido Socialista (Isabel Moreira e Pedro Bacelar de Vasconcelos) e Bloco de Esquerda (José Soeiro e José Manuel Pureza) e militantes do Partido Comunista Portugués (PCP)  e do PSD. Na lista estão ainda os ex-candidatos presidenciais Manuel Alegre (PS) e Francisco Louçã (ex-líder do BE), o médico João Semedo (ex-líder do BE), o historiador social-democrata Pacheco Pereira ou jornalistas. Dizem vir em defesa dos “direitos cívicos e políticos e da democracia”, assegurando nada ter contra Espanha.

 

O texto acusa as autoridades espanholas de “atropelos aos direitos cívicos, políticos e humanos”, cometidos “por intermédio da polícia, do Ministério Público e dos tribunais”.

 

O documento classifica o envio de agentes da polícia espanhola para a Catalunha como “ato deliberado de intimidação que não tem precedentes em 40 anos de democracia”, reprovando o cerco à sede de um partido político pela polícia espanhola, as buscas em tipografias, a apreensão de propaganda e o encerramento de páginas web de entidades independentistas. Também a detenção de funcionários do governo regional catalão merece críticas.

 

Entre os signatários deste documento estão os bloquistas Alda Sousa e João Teixeira Lopes, o ex-militante do PCP Cipriano Justo, os académicos André Freire, Antónia Pedroso de Lima, Irene Pimentel, Nair Alexandra, Elísio Estanque e Boaventura Sousa Santos, e o escritor José Viale Moutinho.