Que nos diferenciará dos robots?

Reiteramos tema porque é impossível esquecer, nem devemos esquecer, que uma nação que se dize democrática, respaldada por outra que se sente o centro da democracia, mantenha presos e submetidos a outros seres humanos, expulsando-os de seus territórios e vivendas primeiro, obrigados a um êxodo indesejado e agora procedendo, armados até os dentes, ao assassinato de homes, mulheres e nenos, sem possibilidade de defensa nem fugida, convertendo o território que habitam num campo de extermínio e destruição, privando de comida, agua e medicinas aos que ainda ficam vivos, sem esperanças nem futuro. O povo judeu e grande parte do USA fronte á indefensa comunidade Palestina. Não há justificação para a atuação de Hamas no assassinato e sequestro de mais de mil israelenses, mas sim se entende que a origem de tal ataque se situe no comportamento abusivo do povo judeu contra as liberdades e direitos humanos dos palestinos. Reconhecer esta realidade por parte do Secretário Geral da ONU custou-lhe graves ameaças por parte do Estado israelita, que igualmente ameaçou todos aqueles que criticaram sua desmedida e criminosa vingança contra os habitantes de Gaza que leva até agora o assassinato de 35.000 gazeteies, dos que sete de cada dez são mulheres e crianças, e 1,9 de pessoas deslocadas polos bombardeios, dormindo á intempérie ou amontoadas em acampamentos, bebendo água contaminada. Contabilizadas, 31 pessoas mortas por fome, delas 27 crianças. A Unrwa segura que não há nenhuma zona humanitária nem lugar seguro em Gaza, estimando que os trabalhos de reconstrução excederiam do ano 2040. A vaidade de Israel Em sete meses de bombardeios, assassinatos e destruição o mundo chamado civilizado apenas tratou de frenar este selvagem comportamento judeu de jeito efetivo, incluso foi justificado por alguns e os USA lhe fornecem armamento para continuar o genocídio. O Conselho de Seguridade da ONU fixo, inutilmente, um chamado ao alto o fogo. O Tribunal Penal Internacional deu ordem a Israel, igualmente ignorada, de possibilitar a chegada de assistência humanitária a Gaza e agora ordena a prisão de seu primeiro ministro (Netanyahu). O único país que assumiu decididamente a defensa de Gaza foi África do Sul, como signatária da Convenção sobre Genocídio, denunciando ante a Corte Internacional de Justiça a impunidade de Israel e a aniquilação de Gaza (posteriormente sumareense Egito e Turquia) e solicitando o cumprimento de uma ordem emitida a Israel em janeiro para evitar atos genocidas. A falta de contramedidas pola comunidade internacional justifica a Israel crer-se isenta de ter que respeitar o direito internacional. Resulta curioso que nenhum dos países que mantem relações diplomáticas com Israel em Europa ou Ásia, exceto Turquia no plano comercial, as rompesse, só em América, Colômbia, Belize, Bolívia, Chile e Honduras. São 143 os estados que tenham reconhecido Palestina como Estado, oito europeios e agora Espanha, com Irlanda e Noruega, e em breve, Eslovênia e Malta. A todos seus governos Israel os acusa de cúmplices de Hamas. Que passa para que o mundo inteiro tenha medo do criminoso Israel? Que passa para que o PP adopte essa postura de indefinição utilizando como justificação os assassinatos de Hamas? Nenhuma das grandiloquentes declarações de outros governos impediu a Israel continuar com a aniquilação do povo palestino. Onde os valores humanitários da gente? Reconforta tal vez as manifestações populares em favor do alto o fogo e de novo a generosidade da juventude que desde o a Universidade de Columbia e várias mais de USA acamparem em protesta do massacre, movimento estudantil que saltou a Europa, e desde a Universidade de Valencia expandiu-se a todo o Estado espanhol, até mais de 30, exigindo o cesse de relações das universidades com Israel. A Conferencia de Reitores das Universidades Españolas, que representa a 77 campus, comprometeu-se a revisar/suspender os acordos de colaboração com universidades israelitas que não tenham expressado firme compromisso com a paz e os direitos humanos. E, ainda que tardia, nos distensiona a ordem da sexta passada da Corte Internacional de Justiça, máximo tribunal da ONU, a Israel, para deter "imediatamente" a ofensiva em Rafah. A resposta, desde a vaidade e crueldade, foi um novo massacre em Rafah. A pressão de Israel (e a submissão de outros) é tão forte que conseguiu que na Eurovisão a sua canção obtivesse 323 pontos do televoto (12 de Espanha, de quem?). O professor Yuval Noah Harari dizia que um robot executaria a ordem de matar enquanto que um humano sensível poderia rejeita-la. Os soldados e o povo judeu, que provocam o terror em Gaza, ainda fronte a mirada inocente de uma criança e dispara o fuzil, atuam como os robots.