Debate soberanista e unidade

Se bem a unidade do nacionalismo nunca foi completa e sempre existírom organizaçons que trabalhárom politicamente à margem do conhecido como nacionalismo maioritário, hoje precisamos pensar a unidade do nosso campo desde outros parâmetros. Partimos desta reflexom imaginando alguns pontos de debate nos que cumpriria construirmos consensos, e que esses consensos se pudessem manter por cima das diferentes conjunturas políticas, num momento onde a unidade orgânica do nosso movimento nom se vai dar. Um debate acelerado e simplificado, que busque apenas desestabilizar membros do mesmo campo, pode-se virar contraproducente para os objectivos que busca. O objectivo desta aportaçom é baixar a pelota ao chao, e fazer-nos umha composiçom de lugar sobre o que está a acontecer.

Dentro da UE, os Estados-naçom estám a perder a soberania. Nestes momentos compre ter claro que a comprensom desta demanda passa mais que nunca pola concreçom no imediato daqueles elementos que condicionam a nossa vida quotidiana. Para cobrir muitas das demandas que tenhem a ver com o bem-estar do nosso povo, teremos que artelhar fórmulas de ajuda mútua que sejam um contrapeso ao desmantelamento do Estado do Bem-estar. Fórmulas anuladas polo estatismo da esquerda tanto social-democrata como comunista, que partem da vontade soberana do povo e que de desenvolverem-se suporiam um verdadeiro Estado paralelo à margem de Espanha e do capitalismo. Este razoamento encontra-se em alternativas de naçons irmás como as CUP, das que ninguém  pode negar o seu firme compromisso pola independência, e devem ser umha linha fundamental para ensaiar nos próximos anos novos marcos para a unidade do nacionalismo. Respostas concretas a problemas concretos como o economato que criou há pouco a assembleia de desempregadas da CIG em Trasancos som exemplos para construirmos a naçom desde abaixo.

Elaborar um discurso pedagógico que explique de forma comprensível a demanda e reclamaçom de soberania nacional. Certo é, como comenta Manuel Barreiro recentemente no seu blogue, que as diferentes formas de artelhar o nacionalismo fôrom umha nefasta fábrica de soberanismo. Nom importam hoje as responsabilidades senom as soluçons presentes para atalhar este problema.

Um requisito fundamental para aqueles que abandonárom a via autonomista é elaborar um discurso que legitime diante da sociedade galega esta mudança. A sociedade galega precisa saber porque já nom é ajeitada a via defendida durante os anos do bipartido do Estatuto de nación, e onde se enquadram a proibiçom do referendum ao Plam Ibarretxe e a cepilhada ao Estatut no rumo que estám a tomar as cousas no país. Sem isto será difícil de explicar o chamado – nom sabemos exactamente por quem -  “giro soberanista”, e a volta à posiçom histórica será relativamente doada.

"O caminho da frente ampla tem-se que reinvertar e alargar, pensando que antes do 21-O pudo ser o mecanismo nom apenas para desalojar o PP das instituiçons autonómicas mas para que a maioria do novo governo nom estivesse nas maos do (outro) partido da ordem".

Evitar o curtoprazismo eleitoralista e atender o desenvolvimento do movimento popular, também a nível local e comarcal. Neste momento ainda devemos anular desconfianças e sobretodo práticas hegemonistas que derom como resultado a fragmentaçom do campo nacionalista. As unidades de açom que se podam dar a nível nacional e local devem-se entender como fins em si próprios, sem que nengumha organizaçom se aproveite dos receios mútuos. Ou simplificando o debate, a unidade político-eleitoral do nacionalismo nom tem o mesmo valor antes que depois de Ámio. A ofensiva neoliberal que Galiza e o seu povo trabalhador padecem de forma violentíssima fará da unidade de acçom social do nacionalismo e da esquerda umha necessidade de primeira ordem. Só desde estes conflitos se poderá cimentar de novo a confiança, e serám os catalisadores das experiências futuras.

Contodo, resulta evidente que nom partimos de cero. O caminho da frente ampla tem-se que reinvertar e alargar, pensando que antes do 21-O pudo ser o mecanismo nom apenas para desalojar o PP das instituiçons autonómicas mas para que a maioria do novo governo nom estivesse nas maos do (outro) partido da ordem. Mas para que isto for possível o país terá que estar por diante dos diferentes e legítimos interesses partidários. E nom nos podemos equivocar no mesmo de sempre: de chegarmos a esse cenário é fulcral contar nas ruas com umha sociedade activa que seja sustém dessas novas políticas, para que as pressons que cheguem da oligarquia sejam sepultadas polo peso das mobilizaçons. Ou como dim os zapatistas, mandar obedecendo.