Justiça

[Nemésio Barxa]

Sexta passada uma deputada no Congresso, polo PP, sem o menor recato e ratificando-se no dito ante a observação da diretora , num programa de TV, manifestava sua convicção de que na devolução ao TS por parte do TC da sentença no tema dos ERE’s, que condenava entre outros á ex-ministra Magdalena Álvarez, influía a dependência da maioria de magistrados com o PSOE. A aclarações solicitada pola diretora do programa de se os acusava de prevaricação a deputada insistiu em que havia dito o que havia dito, e ainda reconheceu que não havia lido o texto no que se plasmava a Resolução do TC ao que lhe negava imparcialidade. O TC não absolve, manda ajuizar de novo. Mais ou menos “branco e em botelha”.

Crítico como sou com a Justiça e o Poder Judicial deste país chamado reino, discrepo e considero perigoso que um membro do Parlamento, ainda que proceda de um povo perdido no interior de Galiza, desqualifique publicamente a um dos Poderes do Estado, negando imparcialidade ao máximo Tribunal garante da Constituição. Penso que os representantes da vontade popular ficam obrigados a manter o respeito às instituições públicas e se consideram que seus membros prevaricam o primeiro a fazer será denunciar.