Portugal sai à rua contra os cortes nas maiores manifestações após o 25 de Abril

Fala-se já de que foi das maiores manifestações desde o 25 de Abril de 1974. 100.000 pessoas em Lisboa, mais 100.000 no Porto e grandes massas em Coimbra, Viseu, Setúbal, Funchal ou Aveiro – Algum meio de comunicação luso falou mesmo da de Lisboa como a mais numerosa da história de Portugal. No remate, os manifestantes pediram a demissão de Passos Coelho e anunciaram que voltariam às ruas na próxima sexta-feira.

Convocada pela CGTP-IN, a marcha significou o maior protesto contra os orçamentos do governo português para 2013, em especial, pela redução da indemnização por despedimento de 24 para 12 dias por ano trabalhado.

"Quem luta sempre alcança" foi um dos lemas da convocatória que denunciou as consequências sociais e económicas das receitas neoliberais impostas pela Troika, e implementadas pelo governo luso. A precariedade laboral, os baixos salários e o despedimento são alguns dos efeitos das medidas adotadas pelo governo de Passos Coelho a seguir os interesses das instituições financeiras internacionais e da União Europeia.

PCP e Bloco apelaram também à participação na multitudinária manifestação que amostra a forte oposição à política de cortes sociais do governo luso.