Opinión

Colonização

[Nemésio Barxa]

Há dias um jornal da comarca de Vigo me alarmava com um grande titular "Críticas a la dictadura del gallego", que já em letra mais pequena aclarava que visitantes do Museu do Mar se queijavam dos textos explicativos escritos em galego, argumentando que "la dictadura nacionalista llega incluso a donde no gobierna el nacionalismo"; o mais terrível era ser a queixa só por ficar escritos na nossa língua, no idioma próprio do lugar onde se atopavam disfrutando, pois alem do texto em galego também existia em castelhano. Mesmas queixas entre alguns visitantes da Casa-Museu Rosália de Castro (já ela o dizia, "Galiza, nunca deverias chamar-te espanhola"). Ao seguinte dia em Nós Diario o profesor Francisco Rodríguez analisava, baixo o título "Língua e mentalidade cultural", seu percorrido por terras àrtabras, num muito interessante artigo referente á riqueza cultural e o desordem idiomático nas indicações explicativas, chegando á conclusão de que, não só administrativamente, "o galego segue a ser um idioma prescindível no próprio pais". Depois o centralismo deita o alarmismo de que na Galiza corre perigo o idioma castelhano. A estúpida ignorância e a incultura unidas ao vaidoso sentimento de superioridade mesetario-centralista, que sem rubor confundem a Baiona, galega, com a Bayonne vasco francesa.

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