[Nemésio Barxa]
Os resultados das eleições europeias são muito preocupantes. Temos em risco não só as conquistas de direitos sociais e políticos obtidos até a data que também a própria justiça social. A EU de projeto de paz passou a potência militar e agora a refém da ultradireita. Tal vez não fomos conscientes da importância que tinham estas eleições numa Europa onde se tomam a maioria das decisões que depois se aplicam em cada país membro. No Estado espanhol o PP reduziu estas eleições a um plebiscito entre Feijóo e Sánchez quando o importante era defender o projeto europeu numa campanha limpa; nem com a cumplicidade de juízes complacentes, nem com a ajuda do poder judicial e de juízes manifestando-se togados nem com os rezos do rosário em Ferraz em dia de reflexão (autorizados polo TSJM) obtive um resultado rotundo, apenas quatro pontos de venteja sobre o PSOE; não é um resultado definitório.
O PSOE está a sofrer o lawfare como antes o sofreram o deputado Alberto Rodríguez, privado do seu escano; a juíza Victoria Rosell, também privada de seu escano; o procedimento seguido contra Carlos Sosa e elDiario.es; contra Podemos, com oito anos do caso 'Neurona', ou o que privou da sua vice-presidência do Governo de Valencia a Mónica Oltra, e tantos mais. Infelizmente, sem sair do Estado espanhol, a direita e ultradireita insistem em tomar o poder. Galiza segue com voz própria em Bruxelas.
