Opinión

Há esperança?

[Nemésio Barxa] 

Refiro-me ao Poder Judicial e já vos adianto minhas dúvidas. No pacto PP/PSOE designou cada partido metade dos membros do novo Conselho Geral do Poder Judicial. E cada metade, na eleição do Presidente, votava a favor de um vocal do seu grupo, sem conseguir, polo tanto, maiorias. In extremis, justo antes do ato de apertura do Ano Judicial, chegou o acordo votando o sector conservador a uma vocal do sector progressista, se bem de escassa confiança para o PSOE. A elegida, dona Isabel Perelló, possui méritos suficientes para ostentar o cargo e no seu discurso de apertura já destacava a importância de salvaguardar a independência judicial frente a possíveis ingerências externas, proclamando seu compromisso na função especial de velar por essa independência. A ver se é certo pois a dificuldade fica no critério de vários dos seus vocais. Mas nada dixo de poder respeitar pola sua parte a independência dos poderes legislativo e executivo, atualmente bastante erosionados com resoluções judiciais que entorpecem as decisões de estes dous poderes, com interpretações muito discutíveis ou persecuções políticas. Um Poder Judicial com aspirações políticas pode impedir o desenrolo normativo de um país e paralisar o programa de governo.

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