[Nemésio Barxa]
Há poucas semanas um jornal dos que se editam na Galiza dedicava seu editorial aos que definia como do NON. Os do não eram o BNG e demais grupos que rejeitavam todas aquelas decisões tomadas polo governo galego ou estatal prejudiciais para a Galiza e das que recolhia uma longa mostra. Especial memoria tenho de uma delas: a Autoestrada do Atlântico, que definíamos como "navalhada", e que se manipulava o argumento, pois a oposição não era simplesmente o "non", era a divisão que se fazia do país, uma zona rica, a mais próxima a costa, e outra miserável, no interior, carente por completo, e sem perspectivas num futuro, de infraestruturas de todo tipo, especialmente viárias, assim como o problema que provocava o corte para as fincas, mananciais, aldeias incomunicadas entre sim e que na pequena modificação do projeto muito teve que ver a oposição popular liderada polo boticário Antón Bértolo. Rematava o editorial situando-nos de novo no NON na multitudinária oposição popular às "bondades" (segundo o jornal) de Altri. De novo uma imprensa vendida e dependente se situa á beira de uma política e economia depredadora fronte aos interesses nacionais, contra as necessidades do povo. É necessário que todos os que temos aceso a foros de opinião jornalísticos procuremos informar á povoação da desfeita que implica o projeto Altri.
