Comparando com igual período do ano passado, no fim do segundo trimestre já tinham sido destruídos mais 146 mil empregos em quase todos os escalões de rendimento. A exceção foi o escalão situado bem abaixo do limiar da pobreza, o dos salários até 310 euros, que aumentou 4%. Já o emprego no escalão salarial entre os 1800 e os 2500 euros caiu 26% no mesmo período.
As regiões onde mais cresceu o escalão dos salários mais baixos foram a Madeira, com cerca de 23% de subida e o Norte, onde os salários abaixo dos 310 euros aumentaram 14% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A notícia publicada esta quinta-feira no Diário de Notícias analisa os números divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística acerca da evolução do emprego entre abril e junho deste ano. Como normalmente acontece, a época alta do turismo faz aumentar o emprego sazonal e a tempo parcial e contribui para amortecer o rumo de destruição de emprego do resto do ano, em especial nos grupos mais jovens.
Nove de cada dez empregos criados som a prazo
Ao contrário do que sempre prometeram os ideológos das alterações às leis do trabalho, o desemprego tem andado de mãos dadas com a precariedade: nove em cada dez empregos criados referem-se a contratos a prazo.
Portugal conta hoje com cerca de 4,5 milhões de pessoas empregadas, um dos valores mais baixos de sempre, depois de 5 anos a destruir emprego de forma ininterrupta, totalizando hoje em dia menos 720 mil postos de trabalho do que no segundo trimestre de 2008. Se fizermos as contas apenas desde o início da aplicação do memorando da troika, verificamos que esse período representa mais de metade (387 mil) dos empregos destruidos em Portugal.
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