O líder da formação, Alexis Tsipras, foi taxativo ao assegurar em uma coletiva de imprensa oferecida aqui no Centro Cultural Athinais, que a primeira ação de seu governo será a abolição do pacto assinado com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, bem como as leis que o regem.
Tsipras advertiu que caso ganhe as eleições, renegociará com os credores internacionais uma solução viável para assegurar a permanência da Grécia na Eurozona e uma moratória da dívida nacional vinculando o pagamento desta ao desenvolvimento econômico do país. Assegurou que o pacto não podia ser aplicado nem de forma suave nem de forma progressiva sem causar um tremendo impacto no povo grego, e nesse sentido disse que partidos como Pasok (socialistas) e Nova Democracia (ND, centro direita) estão deixando o país em estado de crise humanitária.
O máximo representante de Syriza precisou que nestes momentos cerca de 40 por cento da população grega está afundando na pobreza.
Tsipras criticou a hipocrisia do líder conservador de ND, Antonis Samarás, que qualificou de "arquiteto da corrupção", que agora diz que renegociará o pacto "declarando a guerra às leis que ele mesmo elaborou e pelas quais chantageou o Parlamento para que fossem aprovadas".
O candidato de esquerda apresentou-se como a única alternativa capaz de pôr fim aos cortes e a um sistema político baseado na corrupção, no clientelismo político, em banqueiros que obtêm seus benefícios dos cofres do Estado e em empresas que defraudam o fisco e tiram do país seus capitais.