Opinión

As ruínas de Carvalho

Passou o ano Carvalho Calero e com ele fôrom embora também os oportunistas que se somárom a reivindicar a sua figura porque era mainstream. Mas cá seguimos as irredutíveis ártabras junto ao movimento cultural de base, a defender o seu legado intelectual.

E assim, estivemos passado sábado, 5 de junho, na Praça Velha de Ferrol convocadas polas entidades que conformam o Manifesto pola Reabilitaçom da Casa de Carvalho Calero. Ou melhor deveríamos falar das suas ruínas. Porque seria difícil lembrar as vezes que da Fundaçom Artábria solicitamos aos diferentes governos municipais de Ferrol que assumissem a restauraçom do prédio da rua Sam Francisco, enquanto a casa dum dos mais importantes vultos da cultura galega apodrecia e caía aos pedaços. Mais de meio milhom de euros públicos de investimento e nos dias de hoje só se conserva a fachada. 

Figemos extensível a denúncia ao estado integral dum bairro que é parte fundamental da história de Ferrol e que sofre umha decadência insuportável. Nom se me ocorre melhor metáfora para viabilizar o desprezo que as instituiçons e o culturalismo oficial tenhem por Carvalho. O governo municipal trabalha no projeto de reabilitaçom e deve consensualizar com as entidades que levamos anos reivindicando Carvalho Calero o seu uso, que nom pode ser outro que dedicá-lo a arquivo, biblioteca e casa-museu com o nome do ferrolano e galego ilustre que nela nasceu.  Qualquer outra utilizaçom seria continuar a aldraje contra o patriota galego.  

Comentarios