Depois de que pessoas do movimento Que Se Lixe a Troika cantaram nas galerias do plenário. «O povo é quem mais ordena» e fizeram calar o primeiro-ministro Passos Coelho, a senha do 25 de abril de José Afonso prendeu de novo como hino de revolução cidadã. As imagens do canto a calar o ministro percorreram pelas redes sociais com uma força inusual e, desde então, a canção mais popular de Portugal tornou-se banda sonora de mobilizações e protestas.
Foi o caso de 23 de fevereiro suceder nalgumas das mobilizações que tiveram lugar na Galiza. Mas também no remate da de Madrid foi a canção portuguesa a que se correou de maneira coletiva, no dia no que se faziam 26 anos da morte do cantor.
Em Portugal o fenómeno não tem paragem. Depois de ter calado Passos Coelho na Câmara, o ministro de Economia luso ouviu a canção em S. João da Madeira mentres o da Administração Interna atopouse com “O povo é quem mais ordena” na Guarda, sempre motivados pelo movimento “Que se lixe a Troika”.
Há mesmo já quem fala em Portugal da “Grândola viral” em relação ás múltiplas ações que tenham a canção de intervenção do Zeca como banda sonora.
Tanta é a força que está a tomar o Grândola nas mobilizações sociais de defensa dos direitos e contra a Troika que mesmo o portal esqueda.net se permitiu a brincadeira de disponibilizar o toque de telemóvel com o ministro Miguel Relvas a tentar cantar a cançao.